Uma parte tão importante quanto desconhecida da vanguarda do pop dos últimos 40 anos se apresenta quinta-feira em São Paulo, quando os Residents fazem seu primeiro show no país. O que esperar da apresentação? Sinceramente, não sei, ninguém sabe, e talvez nem eles próprios saibam. Porque os Residents, assim como o Chacrinha, vieram para confundir e não para explicar.
Desde o início dos anos 70, a trupe criou uma marca cuja marca é não ter marca. Eles são músicos que trabalham com artes visuais ou artistas que complementam suas instalações com música? Aqui está Randy, “vocalista do Residents”, falando sobre a banda e fazendo comercial de uma promoção imperdível de produtos relacionados ao grupo...
E que música fazem os Residents? Depende do disco. O site deles lista dezenas (veja aqui), de sátiras ao pop dos anos 50 a coleções de vinhetas que parecem comerciais antigos, passando por experimentos eletrônicos “ambient” e trilhas para filmes surrealistas imaginários.
O que se sabe – ou melhor, o que a gente acha que sabe – é que os Residents se juntaram em São Francisco no fim dos anos 60, em plena explosão do hippismo e da contracultura, formaram uma espécie de coletivo e vêm fazendo, desde então, um trabalho dos mais iconoclastas e inclassificáveis. No caminho, influenciaram muita gente, de Jello Biafra ao Devo, de Matt Groening (criador dos “Simpsons”) a Les Claypool (Primus), mantendo a anonimidade com máscaras e disfarces, não dando entrevistas e sempre se recusando a se explicar. O titulo de um documentário sobre o Residents diz muito: “Teoria da Obscuridade”:
Retirado do site http://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/the-residents-estao-entre-nos-20150916/
O grande Alex Antunes escreveu também um texto sensacional sobre os Residentes. Leia neste link: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/alex-antunes/conhe%C3%A7a-os-residents-053235739.html
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