Quando o Rock Progressivo (Prog Rock) surgiu no início dos anos 70 continha elementos do Hard Rock e ninguém poderia imaginá-lo sendo utilizado para o Heavy Metal. Mas tudo mudou durante os anos 80 quando bandas como Dream Theater, Watchtower, Queensrÿche, Crimson Glory e Fates Warning misturaram seu amor pelo Yes e Rush com sua admiração pelo Iron Maiden e Judas Priest. Formada em Hartford, CT, em 1982 pelo vocalista John Arch, pelos guitarristas Jim Matheos (principal compositor) e Victor Arduini, pelo baixista Joe DiBiase e pelo baterista Steve Zimmerman, a banda começou tocando Heavy Metal tradicional (o lado prog só apareceria anos depois). Eles construíram uma base regional de fãs e conseguiram um contrato de gravações com o selo indie "Metal Blade Records".
O álbum de estreia, "Night On Bröcken", lançado em set/84, foi um começo humilde com todos muito jovens (recentemente saídos do segundo grau) e tocando um Metal totalmente influenciado pela "New Wave Of British Heavy Metal". O título era uma referência a Bröcken, uma montanha no estado alemão da Alta Saxônia, centro-leste da Alemanha, tradicionalmente associado à bruxas e famosa pelo livro "Fausto", de J. W. von Goethe. "Damnation" seria a única canção deste disco que permaneceria no repertório deles no futuro (a reedição de 2003 trouxe uma versão para "Flight Of Icarus", do Iron Maiden). Em "The Spectre Within", de out/85, começaram aos poucos a surgir elementos progressivos, mas eles ainda eram uma banda de Heavy Metal tradicional. Ritmos bombásticos, duelos de guitarras, vocais em falseto... os fãs gostaram até mais do que a estreia, principalmente pelas faixas "Pirates Of The Underground" e "The Appartion". Apesar da produção hoje datada, o álbum era mais sombrio e complexo que os trabalhos do Iron Maiden e lidava com imagens de fantasia de maneira inteligente, superando os clichês dos magos, dragões e riffs de segunda linha.
"Awaken The Guardian", de dez/86, foi o primeiro álbum deles a pontuar nas paradas da Billboard. Com Frank Aresti substituindo o guitarrista original Victor Arduini, a banda moveu-se para uma temática mais mística e canções com pegada/formato bem mais do Rock Progressivo. Cheio de riffs complexos, numerosas mudanças de andamentos, afastada a rudimentaridade das estruturas das canções dos dois álbuns anteriores, mas mantendo o som Heavy Metal, eles ainda cantavam sobre bruxas e demônios neste que pode ser apontado como o primeiro disco deles realmente Prog Metal. Um clássico saiu daqui: "Guardian", uma canção que seria pedida em shows sempre dali em diante. O disco foi muito bem nas vendas e tornou-se o primeiro lançamento de sucesso comercial do selo Metal Blade. Em 87, o vocalista John Arch deixou a banda (na verdade, Arch recebeu um ultimato por parte de seus companheiros de banda, que estavam descontentes pelo fato dele nem sempre estar presente: ou ele saia do emprego ou deixava a banda. Impossibilitado de sair do emprego por motivos financeiros, Arch foi informado por seus companheiros que eles teriam que deixá-lo e começar a procurar por outro vocalista). Ray Alder o substituiu.
O quarto álbum do Fates Warning, "No Exit", de 88, é usualmente reconhecido como seu melhor, principalmente por ser de um momento quando os elementos Prog foram ainda temperados com boa quantidade de Heavy Metal clássico (nos trabalhos subsequentes, o Fates Warning abandonaria a sonoridade metaleira e a substituiria por elementos mais melódicos e um estilo significativamente mais progressivo, junto com atmosferas melancólicas). Em "No Exit", tínhamos a banda experimentando e buscando dar um passo à frente (eles desejavam dar mais dimensões à música). O desafio era conciliar as porradas Metal (e aquele monte de riffs de guitarras empilhados) com passagens melódicas/trabalhadas e criar canções coerentes. Faixas como "Anarchy Divine", "Shades Of Heavenly Death" e "In A Word" ficariam entre as melhores da carreira deles. O lado 2 era todo de uma única canção (suite), "The Ivory Gate Of Dreams", com mais de 20 minutos e 8 partes, apresentando a banda em seu modo totalmente Prog Metal. Ray Alder, o novo vocalista, era como uma versão menor de Geoff Tate, do Queensrÿche), mas funcionava muito bem dentro daquele novo padrão altamente técnico/disciplinado de música complexa, super trabalhada e desafiadora. As letras substituíram os temas anteriores de fantasia por coisas mais filosóficas. O álbum se tornaria um enorme sucesso (alcançou o nº. 111 na parada da Billboard). Na turnê que se seguiu (inclusive a primeira deles pela Europa), o baterista original Steve Zimmerman seria substituído por Mark Zonder e o Fates Warning seguiria por um caminho significativamente mais Prog e cada vez menos Metal.
O quarto álbum do Fates Warning, "No Exit", de 88, é usualmente reconhecido como seu melhor, principalmente por ser de um momento quando os elementos Prog foram ainda temperados com boa quantidade de Heavy Metal clássico (nos trabalhos subsequentes, o Fates Warning abandonaria a sonoridade metaleira e a substituiria por elementos mais melódicos e um estilo significativamente mais progressivo, junto com atmosferas melancólicas). Em "No Exit", tínhamos a banda experimentando e buscando dar um passo à frente (eles desejavam dar mais dimensões à música). O desafio era conciliar as porradas Metal (e aquele monte de riffs de guitarras empilhados) com passagens melódicas/trabalhadas e criar canções coerentes. Faixas como "Anarchy Divine", "Shades Of Heavenly Death" e "In A Word" ficariam entre as melhores da carreira deles. O lado 2 era todo de uma única canção (suite), "The Ivory Gate Of Dreams", com mais de 20 minutos e 8 partes, apresentando a banda em seu modo totalmente Prog Metal. Ray Alder, o novo vocalista, era como uma versão menor de Geoff Tate, do Queensrÿche), mas funcionava muito bem dentro daquele novo padrão altamente técnico/disciplinado de música complexa, super trabalhada e desafiadora. As letras substituíram os temas anteriores de fantasia por coisas mais filosóficas. O álbum se tornaria um enorme sucesso (alcançou o nº. 111 na parada da Billboard). Na turnê que se seguiu (inclusive a primeira deles pela Europa), o baterista original Steve Zimmerman seria substituído por Mark Zonder e o Fates Warning seguiria por um caminho significativamente mais Prog e cada vez menos Metal.






Awaken e Exit sao otimos albuns.
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