Uma das bandas do Death Metal norte-americano mais influentes, o Immolation foi formado em Yonkers, NY, em mai/1986. Originalmente chamado de "Rigor Mortis", o grupo começou com uma dupla: Dave Wilkinson (bateria) e Andrew Sakowicz (baixo e vocais).
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| Dave, Andrew, Bob e Tom |
Em ago/86, eles soltaram uma fita demo chamada "Peace Through Tyranny". Já como um quarteto (agregando Tom Wilkinson e Robert Vigna, nas guitarras), eles soltaram outra demo, em jul/87, chamada "Decomposed". O som era brutal parecendo uma tribo de mutantes pós-apocalipse dançando ao redor de tambores de lixo incendiados numa cidade abandonada. Não era completamente satânico, mas um tipo de trilha-sonora do fim dos tempos. Implacáveis na entrega, a banda não era para quem procurava melodias ou harmonias. Letras primitivas cheias de maldade, vocais guturais e torturados, sentimento de desespero e tormento, bases pesadas, estruturas simples, muita velocidade, um Death Metal do início. Com a mesma formação, gravaram no final de 87 no Sleepy Hollow Sound, em Dobbs Ferry, NY, outra demo, "Warriors Of Doom". O single "Rigor Mortis" surgiu na sequência.
Em fev/88, Robert Vigna e Thomas Wilsinson (os 2 guitarristas) resolveram juntar-se ao frontman Ross Dolan (baixo e vocais) e ao baterista Neal Boback. Em abr/88, mudaram o nome para "Immolation" e gravaram duas demos: "'88 Demo", de jul/88, e "Immolation", de jun/89.
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| Bob Vigna, Ross Dolan, Craig Smilowski e Tom Wilkinson. |
P.S.: A banda seria então defenestrada numa limpa que a Roadrunner fez em seu cast. Cinco anos se passariam (período em que eles assinaram com a Metal Blade) até o lançamento do trabalho sucessor, "Here In After", de fev/96. O disco trouxe a banda ainda mais Death Metal (com menos elementos de Thrash Metal). Os riffs dobrados e sinuosos ainda eram abundantes, mas as canções agora eram bem mais complexas e harmonicamente densas. Acordes dissonantes, blastbeats, passagens lentas, rastejantes e muito sombrias, sensações perturbadoras e vacilantes, acordes graves radicais, performances extremamente técnicas (com precisão mecânica), tempos de batidas bizarras, acrobacias nos solos parecendo trilha sonora da chegada de um navio fantasma cheio de zumbis. A capa novamente era duca: um monte de demônios desesperados na frente de um estranho portão, sofrendo aparentemente pela aparição de um anjo (!?). Bem, demônios sofrendo, convenhamos, é uma introdução ótima para qualquer grande disco de Death Metal. Grunhidos animalescos poderosos, letras ininteligíveis (mas variando do niilismo ao pessimismo, sempre desfilando desprezo e ressentimento pelo Cristianismo), guitarras fantásticas, riffs complexos e bem estruturados, tudo totalmente demoníaco, solos incrivelmente técnicos, climas ultra opressivos, noutro disco obrigatório nesta seara.








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