domingo, 2 de julho de 2017

Grandes solos de guitarra: Steve Vai em "For The Love Of God"

Steven Vai (nascido em 6/jun/1960) é compositor, produtor e um dos maiores guitarristas de todos os tempos (ficou na 10ª posição na votação da revista "Guitar World"). Já vendeu mais de 15 milhões de discos e já foi quinze vezes indicado ao Grammy Award (tendo ganhado 3x). Vai começou a carreira em 1978, aos 18 anos, como um transcricionista de partituras para Frank Zappa. Fez parte da banda de Zappa entre 1980-83, depois iniciando carreira solo. Já lançou 8 álbuns solo. Também participou de discos e excursionou com bandas como Alcatrazz, David Lee Roth, Whitesnake, G3 e já gravou com inúmeros artistas (Mary J. Blige, Spinal Tap, Ozzy Osbourne etc.). Steve Vai é da geração de guitarristas virtuoses que surgiram no Heavy Metal, na década de 80. Já participou do desenvolvimento de várias guitarras lançadas pela indústria (ex: Ibanez JEM, Ibanez Universe). Em resumo: o cara toca um horror e barbariza. Este tipo de guitarrista, extremamente técnico, chegado em firulas, pirotecnias e exibicionismo, em muitas vezes, exagera e ultrapassa o ponto de equilíbrio (para o meu gosto), mas não é o caso do seu álbum de maior sucesso, "Passion And Warfare" (puta disco de 1990), do qual escolhi a faixa "For The Love Of God". Instrumental, ela contem uma espécie de resumo de tudo do que Vai é capaz. São 6 minutos apresentando técnicas, incluindo efeitos inacreditáveis usando alavanca, harmônicos, "fast legato" e "sweep-picking" (na qual a palheta move-se como uma vassoura). Vai gravou-a em quatro dias "tentando se colocar dentro de um estado alterado de consciência, no qual se consegue coisas que são únicas, até mesmo para si próprio". Confira:
Em 1991, ele a tocou ao vivo, pela primeira vez, durante o festival "Leyendas de la Guitarra", em Sevilha, Espanha. É impressionante vê-lo colocando em ação todos aqueles truques que apenas ouvindo, você só imagina. Uma espécie de Jimi Hendrix da era da alta tecnologia, do ponto de vista que os sons surgem e, muitas vezes, você nem sabe como ele os faz. A guitarra fica pequena em suas mãos e aparenta, como no gênio Hendrix, ser extensão de seu corpo. Sensacional é pouco. Vá a partir do minuto seis:
Veja esta outra apresentação do mestre Vai, junto com a "Holland Metropole Orchestra", em 2005. Se seu queixo não cair, você não gosta de Rock, nem de guitarras!

3 comentários:

  1. Não gosto do Steve Vai, acho ele chato, exibicionista e enfadonho. Não curto seu estilo e o som que ele emprega em sua guitarra. Tenho um box dele que está na seção de "refugos" da minha discoteca. Mas, entretanto, é inegável e indiscutível seu talento. Aprecio seu trabalho durante a fase em que trabalhou com Zappa. Mas solo, não gosto mesmo.

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  2. Ah, brow, deixa de rabugice! Realmente, muitos discos solos do Steve Vai são chatos (ou com grandes partes chatas), exibicionismo e tal, mas isto não anula o lado bom dele solo, em especial do álbum comentado, totalmente Hard Rock com guitarras de outro mundo.

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  3. Vou até ver se tem esse álbum na tal caixa, mas o fato é que não gosto mesmo dele, o que não exime o reconhecimento ao seu inegável e gigantesco talento. Já tentei curtir o cara em outras oportunidades, não rola. E a rabugice é um elemento indissociável do amadurecimento...reconheço que estou a cada dia cada vez mais rabugento...rs...mas sou da paz, do amor e da diversão, principalmente com boa música.

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