A verdadeira origem do Black Sabbath?

Inacreditável. Embora o Black Sabbath leve o crédito de ser o pai do “rock endiabrado”, há muitos indícios d quee o marco zero do gênero seja outro. Os próprios membros da banda confirmam ter se inspirado em uma outra banda de Birmingham, o  Necromancer, cujo único disco, lançado antes do primeiro álbum do Black Sabbath, eu tenho e reafirmo a incrível semelhança sonora, em especial na vocalização.  Mas ao que tudo indica a cova é muito mais profunda.

Do outro lado do Atlântico, mais precisamente em Chicago, uma banda pra lá de soturna também produzia sons pesados e macabros antes mesmo do surgimento do Sabbath e do Necromancer. Trata-se do Coven, grupo que teve discos lançados no Brasil e eu me lembro bem de vê-los nas prateleiras, sempre relegados. Nunca dei muita bola até me enveredar pelas pesquisas musicais e me deparar com suas assustadoras referências.

E a primeira incrível curiosidade vem do nome do baixista da banda, Oz Osborne. É mole? Mas não para por aí! Sabem qual o nome da primeira música composta pela banda? Nada menos do que Black Sabbath, acreditem! No palco, há quem afirme que eles já empunhavam o “horned hand salute”, aquele símbolo adotado institucionalmente pelo heavy metal feito com as mãos imitando os chifres do demônio.

 O Coven tinha como vocalista uma sedutora loira, Jim Dawson, que no encarte do primeiro álbum (lançado em 1969) aparece nua na capa interna sobre uma mesa como se fosse uma virgem pronta para um sacrifício em ritual de magia negra. Ademais, reza a lenda que os membros do Coven realmente eram estudiosos do ocultismo e a família da vocalista era conhecida pela prática desses rituais, mas com a utilização de animais. Há também relatos de que em seus shows as cruzes invertidas do satanismo já ornamentavam o placo e os pescoços dos integrantes, que faziam reverência ao “coisa ruim” com o cumprimento “hail Satan”, antes dos shows começarem. Há quem diga, ainda, que o contrato para a agravação do primeiro disco com a Mercury foi assinado com o próprio sangue dos integrantes do conjunto.

Me recordo de ter ouvido rapidamente algumas músicas do grupo por curiosidade, atraído pelas misteriosas capas dos discos, nas lendárias cabines apertadas e calorentas da inesquecível loja Billbox. Não me lembro muito do som, mas certamente não seduziu os ouvidos do então jovem aficionado por rock pesado. Buscava realmente algo parecido com o amado Sabbtah, mas o som nem de longe tinha seu peso envolvente. Mas hoje, com os ouvidos mais maduros a história pode ser diferente.

É o rock and roll amado e suas incríveis nuances!