A maioria dos selos pertencentes à artistas sempre foram mera forma de vaidade pessoal dos mesmos. Porém, pode-se citar exceções: o "Nothing Records", de Trent Reznor; o "Third Man", de Jack White; os dois "Straight Records" e "Bizarre Records", de Frank Zappa; dentre outros. O exemplo de Zappa talvez seja o primeiro na história e um caso em que o artista usa seu próprio selo para contornar as restrições impostas pela grande gravadora. No final dos anos 60, quando a Verve Records inexplicavelmente perdeu a data marcada para renovar o contrato com Zappa, ele e seu empresário Herb Cohen aproveitaram a deixa para criar sua própria companhia gravadora, garantindo controle criativo e o lançamento de outros artistas independentes. Zappa criou o "Straight Records" e o "Bizarre Records". Num prazo de apenas 5 anos, ambos selos lançaram discos de Lenny Bruce, Wild Man Fischer, o imortal "Love It To Death", de Alice Cooper, "Starsailor", de Tim Buckley, além do essencial "Trout Mask Replica" e "Lick My Decals Off, Baby", de Captain Beefheart etc. etc.etc. Uau, veja o que encontrei no YouTube: um documentário sobre Zappa e seus selos:
De fato, Zappa era muito esperto. Desesperado para se ver livre de seu contrato original com a Verve Records, ele montou os selos Bizarre e Straight em sociedade com Herb Cohen e partiu para um monte de lançamentos ultra alternativos. excêntricos e enigmáticos. "Trout Mask Replica", de seu companheiro mais velho de juventude Don Van Vliet (então, rebatizado Captain Beefheart) provavelmente seja a declaração máxima de princípios, a coroação total e realização definitiva dos 2 selos de Zappa.
Acredito que Zappa tenha sido o pioneiro nessa iniciativa. Prêmio Pulitzer para o Mural com o resgate desse doc. Ainda não deu pra ver tudo...aos poucos...papa fina.
ResponderExcluirAos poucos, vamos nos deliciando com esses maravilhosos "causos" do Rock.
ResponderExcluir